Há alguns meses, falamos sobre uma consequência imprevista da maior usina solar do mundo. Os 350.000 espelhos que refletem luz solar da atmosfera fazem isso com uma intensidade tão forte que basicamente gera um enorme raio mortal. Os pobres pássaros que voam por perto não resistem – eles são fritados ainda no ar.
Não é um problema pequeno. Fontes da Associated Press dizem que um pássaro morre a cada dois minutos, em média, nas instalações de US$ 2,2 bilhões da Ivanpah Dry Lake. O problema é preocupante o bastante para investigadores de vida selvagem do governo dos EUA quererem impedir que a BrightSource Energy, proprietária da usina, abra outra fazenda solar ainda maior diretamente no caminho de voo de mais de 100 espécies de pássaros, incluindo águas e falcões peregrinos. A usina seria quatro vezes mais perigosa às aves do que a atual.
Mas não se preocupe, a BrightSource Energy tem uma solução. Um dos executivos da empresa disse à AP que a BrightSource vai gastar US$ 1,8 milhão em compensação pelas mortes de aves na nova usina. O dinheiro, ele diz, poderá ser usado para castrar e neutralizar gatos – que matam milhares de aves anualmente.
A ideia cria mais questões do que respostas. Como exatamente castrar e neutralizar gatos impedirá que eles matem aves – tirando o fato de que eles se reproduzirão menos? Não seria uma solução melhor encontrar uma forma de não lançar um raio mortal gigante nas pobres e inocentes aves? A AP diz que “críticos dizem que nada seria feito para ajudar as aves no local.” E esses críticos parecem estar certos!